Festival da Negritude em Passarinho.

Passarinho faz parte dessa enorme região do vale do Beberibe. Pertencendo à cidade de Olinda, Passarinho tem cerca de nove mil habitantes que enfrentam problemas em tudo muito semelhantes a muitas outras comunidades que fazem o Cambinda Estrela. Falta saneamento básico, os morros todos apresentam barreiras que precisam de cuidados urgentes, sem falar nas enchentes que perturbam a vida dos moradores mal aponta no horizonte um sinal de chuva.

Mas em Passarinho eu pude ver que cidadania não é uma palavra bonita nos projetos dos partidos políticos, nem apenas um conceito utilizado por cientistas políticos. Cidadania pode ser sim uma bandeira de luta. Acho que é assim que pensa Lyndacy, esta mulher guerreira que contribui para que o Centro Comunitário seja um exemplo de luta pela cidadania, pelo reconhecimento de direitos básicos. Esse centro comunitário mantém aulas de reforço escolar para alunos de primeira a quarta série, cursos de bijouteria, de capoeira, de confecção de marionetes e de utilização de material reciclado. Além, evidentemente, do Grupo de Teatro Trilha do Ingá, que tem mais de três anos de existência no bairro.

No final desta tarde de domingo o Cambinda Estrela ajudou a organizar e participou do Festival da Negritude, que contou com um animado bingo, e com a presença da capoeira e maculelê de nosso amigo Costela, bem como com o batuque do Cambinda.
Lembramos que são ações assim que integram as comunidades, que aproximam as pessoas que lhes permite perceber que se os problemas são comuns, talvez as soluções sejam coletivas.

Sobre Isabel Guillen

Professora do Departamento de História da UFPE
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